quinta-feira, 18 de julho de 2013

CORACAO

Ola pessoal! Mais um texto...bastante profundo talvez, sobre nosso amigo coração. Este órgão que está encrustado no meio do nosso tórax e nos provém através de suas contrações vigorosas do sangue que circula em nossa árvore de artérias e veias para a manutenção orgânica da vida. Estudar o corpo humano é fascinante e eu como médico sei muitos detalhes dessa máquina perfeita e completa. Dentro desse prisma, queria levantar no entanto outra de suas funções primordiais e que nos faz sentir "vivo" de fato, que é a capacidade de amar. Estrategicamente as sensações de emoção extrema, as vezes antagônicas como ódio e amor se manifestam no centro de nosso peito. O coração dispara por diversas razões. Um prêmio conquistado, uma boa notícia, a morte de um ente querido, a traição de sua confiança e integridade...quantos são os tipos de estímulo que tomam conta de nós nesses momentos singulares e nos fazem aquela pressão, as vezes extremamente agradável e outras profundamente angustiantes, mas que nos dão a certeza de estarmos não apenas fisicamente vivos, mas sim conectados por um circuito complexo e de difícil entendimento ao nosso corpo físico. O coração é o órgão alvo no que diz respeito ao auto conhecimento e aos degraus que precisamos enfrentar em busca da solução a perguntas que todos nos fazemos, mas que poucos tem conhecimento o suficiente para responder: porque estamos aqui? O que viemos fazer e para onde vamos depois? A perfeição das leis naturais deve ser regida por estatutos e regras infinitamente complexas, assim como a imensidão do universo conhecido. Mas imagine que com nossos sentidos limitadíssimos (que reconhecem apenas espectros de energias como a luminosa e sonora) podem nos dar a real dimensão de toda a complexidade da existência humana e do cosmos. Me impressiona as vezes ver que o coração deve ser o nosso maior e mais confiável guia. Se ele com seu poder difundido por gerações através da história conhecida é de fato um grande mapa para nossas questões, imagino que deveríamos segui-lo a escutá-lo atentamente. Não me refiro aos seus batimentos que sentimos indefinidamente durante nossa vida, mas aos sinais vibracionais que nosso corpo experimenta, especialmente em ocasiões onde os extremos do amor e do ódio aparecem de forma intensa. Como interpretar o coração? Existe uma regra para que possamos nos decidir por esta ou aquela escolha que passe pelo filtro cardíaco? Imagino que sim....o problema é que a humanidade ainda não tem toda a compreensão necessária para que essa "fala muda" que se irradia por nossa corrente sanguínea seja interpretada de maneira correta. Muito se diz sobre o sentir-se bem. O sentimento bom que reflete no coração indica um bom método para identificar escolhas na vida, sejam ela de qualquer natureza (pessoal, profissional, familiar, amorosa). Hoje conversando com um amig,o disse que as melhores decisões são tomadas quando aos nos depararmos com uma dúvida qualquer seguirmos aquela trajetória que reflita nos nossos corações um misto de excitação e medo....uma vez li isso em um livro e imagino que minhas escolhas hoje em dia seguem esse preceito. O coração é o termomêtro do espírito, mesmo para os céticos. Os materialistas ignoram que assim como os espiritualistas possuem uma força motriz que os move na vida....que é sua alma. Se assim não o fosse, pessoas geneticamente idênticas como gêmeos univetlínicos (cópias genéticas perfeitas segundo métodos humanos de mensuração de DNA) seriam na essência pessoas iguais (conceito esse difundido por um grande pesquisador na area da medicina e espiritualidade). Portanto o coração acoplado ao nosso órgão interpretativo e da consciência humana que é o cérebro (motivo pelo qual resolvi estuda-lo como neurocirugião e agora como neurocientista) nos oferece quantidade suficiente de dados a fim de podermos nos redefinir e galgar lugares mais evoluídos em nossa marcha pela vida. Sem sombra de dúvidas vivemos um momento ímpar na história da raça humana. A evolução tecnológica avança a velocidade nunca antes vista e apesar disso, a evolução do ser, do ego e do indivíduo não parece acompanhar na mesma proporcionalidade essa mudança que no meu entender se faz necessária para uma evolução na classe de sociedade que queremos para nós. Invejo as vezes os animais que por sua ignorância  intelectual, vivem as regras naturais da vida de maneira mais plena. O ser humano com seu potencial como ser mais evoluído conhecido até então por todos, deveria buscar essa plenitude pelo seu amadurecimento e por revisão imperativa de conceitos que não mais se adequam a um novo mundo. A resposta para isso? O coração diz.....o que de fato precisamos é um tradutor que possa estatisticamente somar o conjunto de informação que transitam por este órgão multidinâmico e transformar esse influxo de sentimentos em ações benéficas e do bem , para nós mesmos, para a sociedade, para o próximo e para o mundo ( e porque não para outras dimensões, já descritas pelos nossos colegas físicos quânticos ). Assim, enxergaremos sem cortinas de fumaça que nos impedem a visão nítida, que a vida vai além dos limites do tempo e do espaço. Sigam seu coração com sabedoria e sensibilidade.....assim poderemos em algum tempo, transformar nossas existências em frutíferas e valorosas. Boa quinta a todos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário