sexta-feira, 28 de junho de 2013

PERSEVERANÇA

Olá a todos! Hoje escolhi a palavra perseverança. Acho que esta se encaixa oportunamente também frente a onda de acontecimentos atuais. A perseverança se trata de uma grande qualidade humana. Quando bem aplicada leva a realização de grandes descobertas e mudanças, na vida daqueles que dela se utilizaram e na vida daqueles que por ela foram influenciadas. As pessoas brilhantes tem dentro delas o entendimento completo do é perseverança. Perseverar é uma ato de pessoas de coragem e idealistas, que desafiam os obstáculos, os "olhos gordos" e todo o tipo de pedra que aparece no caminho em busca de um objetivo, uma meta. Pessoas perseverantes são contagiantes. Trazem ao grupo um sentimento de entusiasmo e completude. Conseguem apenas com pequenos gestos despertar nos outros a vontade de fazer e de acontecer. Nosso povo hoje age com perseverança. E talvez seja esta a grande arma de nosso Brasil contra o sistema político hoje em vigência. Muitos consideram os brasileiros um povo preguiçoso, ou que desiste fácil.....apesar de slogans como "brasileiro não desiste nunca". Considero que o brasileiro médio sempre acaba desistindo quando a problemática de sua vida começa a se complicar. Muitos se impõem um limite de progresso no qual acreditam poder tolerar as adversidades. A partir dali muitos se congelam pra si mesmos, deixando de se adpatar aos novos obstáculos que aparecem e estagnando sua evolução na busca de suas conquistas. Isso é um traço enraizado em muitas pessoas, que parecem agora terem acordado que sem insistência na busca de seus ideais, não serão capazes de chegar ao real objetivo de suas vidas. No meu entender, vivemos uma oportunidade de através de uma revolta política social, revermos nossos próprios conceitos com relação a nós mesmos. E isso não se resume logicamente a luta contra a alta do transporte ou a corrupção. Eu diria que esse movimento popular pode ir muito mais longe do que se imagina. Basta que nos demos conta da nossa capacidade de perserverar, de insistir em mudanças. Ficou claro nessas últimas três semanas que a pressão popular movimenta um país e faz uma nação se reinventar. Estamos nesse momento reiventando um Brasil que há muito deixou de perseverar por mudanças. Mas porque não nos preocupamos em tentar mudar o que não está bom há décadas? Muito provavelmente por conta de não nos reconhecermos como pessoas perseverantes. Com uma meta bem estabelecida dentro de si, as pessoas movimentam e mudam o que quiserem. Em si mesmas e no mundo que as cerca. Esta é a grande graça de viver. A possibilidade de poder melhorar, de evoluir de alguma forma. Porque existe crime por exemplo? Já pararam para refletir? Pode ser que o crime exista porque os que por esse caminho vão, deixaram de aceitar o seu estado como pessoa, e resolveram perseverar, mesmo que fora dos preceitos da lei humana, a fim de melhores oportunidades na vida. A riqueza material é um grande combustível dos que perseveram. Porque é um alvo palpável, e que satisfaz muitos dos que lutam por algo maior na vida. Mas ainda assim acredito não ser essa a verdadeira meta da pessoa que busca sua melhora na vida. Pois de fato o único bem que será totalmente seu e nunca ninguém vai poder lhe roubar é a sua própria personalidade. Seu caráter e suas crenças. O movimento brasileiro mostra que temos crenças do que é certo ou errado. Queremos honestidade, igualdade, justiça....entre outros valores que de fato mudam uma sociedade. Dar dinheiro pode "tapar o sol com a peneira" para muitos, mas não resolve a questão da mudança intelectual e de valores, que hoje faltam a grande fatia da população. Desta forma, a  perseverança em manter os movimentos acesos e ativos é uma grande oportunidade para que as pesssoas possam através das mudanças externas, se espelharem no mundo visível e palpável para a modificacão de suas visões e dogmas internos. Não há sociedade evoluida, mesmo com melhora dos serviços que todos pedem nas ruas, sem que as pessoas, os habitantes, mudem sua perspectiva diante de muitas questões. Questões como o aborto, a homossexualidade, as mordomias dos políticos entre outras levantam em nós muitas dúvidas. O que é certo ou errado? Existe justiça absoluta? Na minha opinião, isso nunca será possível pois justiça absoluta só existiria caso fossemos seres absolutamente justos. E nem o mais justo dos justos neste mundo possui essa capacidade ou virtude. Podemos é perseverar em procurar chegar ao ponto mais próximo deste ideal. Isso é possível. O não julgamento é uma das técnicas que acredito ser interessante e de muita valia para este passo quantitativo. Quando não julgamos tudo passa ser justo. É lógico que isso não funciona em muitas situações, mas talvez se trate de uma técnica importante de mudar profundamente alguns de nossos julgamentos perante as pessoas e coisas. O não julgamento e a não ação, muitas vezes mostra sabedoria. A perseverança nem sempre precisa ser ativa. Saber o momento de ser passivo, ou melhor, inativo, é uma grande sabedoria. Apenas mestres sabem como utilizar este método para perseverar em suas trajetórias de vida. Portanto, acredito muito que as pessoas que hoje lutam por um país melhor pelo meio de protestos, deve ser sábia, para que em momentos chaves permaneça em silêncio também. Isso não significa fraqueza ou passividade, significa apenas amadurecimento  e inteligência emocional. Muitas vezes o silêncio é mais sábio que um interminável discurso. Proponho um desafio: perseverem na arte de escolher as atitudes de forma inteligente e não apenas de maneira instintiva ou defensiva. Verão que perseverar nessas direção lhes trará muitas surpresas, e quem sabe até mesmo um "atalho" rumo a suas metas como pessoa e como cidadão. No momento isso pode não ser a melhor escolha, mas certamente, em algum ponto do futuro pode se transformar em manobra essencial de conquista de passos a frente importantes. Perseverem todos, interna e externamente...pois só assim, sem se ajoelhar diante das adversidades, e manobrando a si mesmo com sabedoria e inteligência é que poderemos aos poucos mudar nossos ideias de vida como indivíduos e como nação. Bom fim de semana!

domingo, 23 de junho de 2013

REFLEXAO

Alo amigos! De volta ao blog....e hoje a palavra é reflexão. Talvez seja esta a maior de todas as palavras nessas últimas semanas. A reflexão nos permite avaliar, ponderar, equilibrar e filtrar informações e conhecimento seja ele acerca do mundo, da situação política de uma país ou mesmo de um comportamento. Nosso Brasil vive um momento de reflexão sem igual para minha geração. Nunca pude vivenciar de maneira tão intensa a manifestação em torno de um sistema que corrompe seus integrantes, ou pelo menos aqueles que tem acesso a seu funcionamento como um todo. A população do Brasil apresenta características peculiares que fazem esta movimento em cascata um fato ímpar. Temos contudo que refletir muito. Lembremos que nosso ímpeto, como povo latino que somos, se fundamenta especialmente na emoção. Eu mesmo, movido por fatores ideológicos, mas também emocionais, participei de uma manifestação ontem, em Stuttgart, Alemanha. O problema é que se não refletimos, passamos a lutar por um objetivo abstrato, que acaba irradiando por todos os lados e tornando o alvo do projeto subjetivo aos olhos dos governantes e dos próprios manifestantes em muitas ocasiões. Não é preciso pensar muito para concluirmos que nosso sistema de governo no Brasil é uma grande lástima. Pagamos muitos impostos (e sempre acabo falando sobre isso, porque na verdade o que movimenta o nosso sistema capitalista hoje é o dinheiro e sua circulação de uma mão a outra da cadeia produtiva) e desta forma aqueles que o detém, passam a controlar aqueles que tem menos. Num governo como o brasileiro, podemos perceber diversar incoerências. Mas posso lhes afirmar categoricamente que os seres humanos que exercem de alguma forma o poder (seja ele político, econômico, intelectual ou de qualquer outra instância) passam a exercer um comportamento que jamais será agradável a todos. Sempre haverão discordâncias, porque esta é a natureza humana. Se nosso país tivesse a melhor educação, saúde e os melhores políticos do mundo, com os menores salários do mundo , mesmo assim, haveria parcela da população insatisfeita. A proporção poderia até ser menor, mas ela inevitavelmente existiria. A reflexão portanto passa pelo seguinte caminho: devemos entender que os protestos surgiram de insatisfações, principalmente de cunho econômico e moral. Somos explorados economicamente ao pagarmos impostos altíssimos, termos um dos maiores custo de vida do mundo sem podermos exercer direitos primordiais, como a liberdade de ir e vir sem sentir medo por conta de violência, por exemplo. Do ponto de vista moral, cobramos honestidade, mas nos aproveitamos de oportunidades para nós mesmos, quando nos convém. Será que se estivéssemos no poder, não nos seduziria a possibilidade de dinheiro fácil e as mordomias pelas quais todos os politicos sonham ao se candidatarem? De poder para uma pessoa, e aí então conhecerá o seu caráter. Desta forma faz-se urgente que os que protestam se façam uma auto avaliação. Quantos dos manifestantes já pegou troco a mais após pagar uma conta? Ou furou uma fila enorme? Ou ainda pagou aquele "cafezinho" para o policial liberar o carro numa blitz? Para uma reforma digna e consistente, do ponto de vista filosófico do movimento é preciso que façamos uma auto avaliação a fim de identificarmos esses traços em nós mesmos, assumindo nossas limitações e tentando melhora-las para aí sim poder gritar contra o roubo dos outros. Roubo é roubo. Falta de caráter idem. O que muda são as proporções, mas a essência é a mesma. 1 real ou 1.000.000 de reais são apenas grandezas numéricas, mas que de diferença moral pouco tem. O grande problema é que todos as vezes se imaginam explorando outros de alguma forma a fim de tirar proveito. É a teoria da nuvem de gafanhoto. Enquanto a plantação ta verdinha  e densa, nuvens deles atacam e retiram o que há de bom. Após a "rapa" partem para outra área, buscando mais riqueza com o mínimo de esforço. Refletir pode ser então a melhor saída para os rumos que este nosso movimento vai tomar. Lembremos que para reivindicarmos legitimamente, precisamos acreditar e exercer as atitudes que cobramos daqueles que detém o poder. Senão corremos o risco de lutarmos apenas para mudarmos as pessoas e não os ideiais. O Brasil precisa de um novo ideal. Uma nova identidade filosófica. Nas quais se pautam valores fundamentais como a honestidade, a serenidade, a justiça, a imparcialidade, a moral dentre outras tantas. Com a reflexão, ou seja, o pensamento voltado para nossas próprias atitudes e daqueles que hoje são nossos inimigos, poderemos de fato, fazer surgir um movimento fundamentado em ideiais de mudanças profundas. Não apenas nos rumos do nosso tão suado dinheiro, mas também de nossas idéias, que vão de fato influenciar o paradigma profundo de nossa nação. Espero, em algum tempo, me orgulhar por ser de uma país em que a malandragem, o jeitinho brasileiro e a ganbiarra estejam senão extintos, em vias de desaparecerem por completo.  Lembrem-se que o exemplo parte daqueles que reivindicam e não dos que são a causa das reivindicações. Mas devemos refletir sempre, sobre nossas próprias atitudes na vida para de fato cobrar tal atitude dos outros. E devemos também estarmos alerta ao fato de que se um dia tivermos o poder em nossas mãos, o exerceremos de forma justa e igualitária, fazendo com que o grito que tanto ecoamos pelas ruas do mundo todo, possa de fato se tornar uma realidade para todos aqueles que no início estavam do outro lado da corda.....um bom domingo a todos! Continuem os protestos e que enfim possamos num futuro próximo exercer nossa cidadania de forma plena. Reflitam e discutam com todos que puderem!

sexta-feira, 14 de junho de 2013

PROTESTO

Frente a onda de protestos ocorrendo no nosso Brasil, não consegui ficar imune a legitimidade de muitas das questões que estão a acontecer na nossa sociedade e que me levam a níveis elevados de adrenalina....infelizmente estou, mesmo a 10000 km de distância, sentindo os efeitos de um país que não consegue de fato subir a um patamar digno e correto. Os últimos acontecimentos no país (em especial para mim a disputa entre médicos X governo no que diz respeito a vinda de médicos do exterior ao Brasil e os protestos em SP e agora em outras cidades contra o "aumento" do passe de ônibus) me dão a nítida impressão que a panela de pressão do inconsciente coletivo brasileiro não aguentou. Explodiu. E agora todo o cozido vai se espalhar.....e sinceramente minha contribuição para isso talvez seja esse texto. O Brasil no meu entender e através destes dois episódios incomuns para os tempos atuais reafirma suas raízes: o de ser uma nação sem coerência e sem uma política que beneficie de fato seus cidadãos (que na verdade sustentam todo o sistema com suas contribuições através dos impostos). Eu sei bem disso....pago muito caro por impostos. E na hora do retorno no que  diz respeito a condições básicas de vida (vide transporte, saúde, salário e moradia/terra) ficamos a ver tudo como num filme de ficção. Tudo para o brasileiro é mais dificil. Se comparados aos padrões de vida europeus, diria que estamos há muitas décadas de distância....Posso usar muitos exemplos para que nos demos conta disso. Um deles é o próprio transporte público. Aqui se paga, por exemplo, na cidade de Tübingen onde eu moro, 42,80 euros pelo passe mensal. Se fizermos a conversão pelos euro valendo 3 reais, chegamos a cifra de 128,40 reais. Este preço é cobrado por adulto para uso ILIMITADO dos ônibus da cidade por 1 mês. Lembrem-se que se trata da Alemanha, quinto lugar no ranking da ONU para qualidade de vida e a maior economia da Europa (ou seja uma país muito rico....) Pois bem, vamos agora comparar a São Paulo. Temos em SP capital o valor de 3,20. Não existe ticket mensal no Brasil (incoerência e ganância das empresas de transporte). Trabalhando com a suposição de 2 tickets por dia por em média 22 dias úteis temos o valor de 140,80 reais....isso para uso durante os dias da semana, apenas para o deslocamento do trabalho para casa e vice-versa. Não incluído viagens durante os fins de semana (precisamos também nos locomover nesse período ) e viagens extras (ao médico, supermercado e etc) que todas as pessoas necessitam. O Brasil, se encontra classificado na posição 85 do ranking da ONU em qualidade de vida....(apesar do nosso governo alegar crescimento econômico histórico e deslocamento "nunca antes visto na história desse país" da linha de pobreza para cima. E posso dizer com convicção como usuário de ônibus aqui na Alemanha, que a qualidade do serviço é impecável apesar do preço ser inferior ao praticado no Brasil. Apenas um dado para pensarmos no porque dos protestos em SP......Quanto aos médicos vindos do exterior, não há muito o que dizer. Trata-se de manobra ilusória (já falei sobre ilusão aqui no meu blog) e que de melhora nada vai trazer. A estrutura não funciona. Podem trazer médicos de qualquer país ao Brasil. Nas condições oferecidas em hiatos médicos no interior (falta de estrutura física, calotes, entre outros) fica impossível a qualquer ser humano de qualquer nacionalidade, por mais miserável que seja, de se sujeitar e se sentir realizado no exercício de sua profissão. Protesto é o que resta....porque os valores no Brasil se inverteram. Prioridades são tratadas como supérfluos e vice-versa. Vivemos hoje da necessidade de passarmos uma imagem de desenvolvidos, quando ainda não sabemos ao certo (ou talvez alguns não queiram que saibamos) o que significa desenvolvimento. Portanto, o protesto, por mais que seja uma atitude as vezes extrema e que gera certos questionamentos, acaba se tornando a única valvula de escape da panela que estourou. Inclusive, há muito ela já está para estourar com nosso histórico de recordes negativos (parlamentares com os maiores salários do mundo por exemplo). Enfim, aos brasileiros talvez reste apenas isso, pois em nosso íntimo reside uma vontade de mudança profunda em todo o sistema de vida. A começar pela forma como somos tratados na hora de exercer nosso direito constitucional de liberdade de expressão. Protestar é preciso sim. Contra aquilo que de fato está ruim e ilógico e necessita melhora. Mas sempre pautados em motivos relevantes e que reflitam de forma inequívoca o real desejo de evolução para nosso país que há tempos clama por uma nova realidade para seu maior valor: a sua gente. Que possamos então, seguir em frente, fazendo emergir uma justiça engolida pela nossa própria inércia em aceitar que tudo acontece por que acontece e nada pode ser feito. Que esse seja um tempo de despertar....uma boa sexta-feira a todos!

sábado, 1 de junho de 2013

AGORA

Bem meu tema de hoje é o Agora. Aproveito a oportunidade para refletir sobre os estudos de Eckhart Tolle, autor de o Poder do Agora. Mas peço também licença para expressar minhas próprias impressões sobre a palavra. Bem o Agora é o momento. É tudo o que há, tudo o que sempre foi e tudo o que sempre será. Não há outro momento em que a vida realmente aconteça senão no momento presente. E isso é algo que nem sempre estamos conscientes....isso nos torna seres extremamente perturbardos e desviados da real atenção que esta simples observação acarreta. Bem, muitos de nós (senão todos) ainda estamos longe de atingirmos nossa percepção temporal isenta. Isenta, pois o que acontece com os humanos é que dificilmente estão totalmente presentes. Em raras execeções conseguem de fato exeperimentar o momento do Agora. Estamos condicionados (por pressões culturais, de criação, de cobranças sociais e profissionais, entre outras) a sempre pensarmos e agirmos fora deste contexto do presente. E diria que todos ou a grande maioria dos problemas advém desta postura. Então passaremos a falar sobre o passado. O passado segura e incomoda a muitos (inclusive a mim). Por ele temos acesso a tudo que nos faz ser o que somos hoje. Mas junto carregamos muitas coisas juntas. O problema é que por vivermos em uma sociedade negativista e também pela nossa própria incapacidade como seres imperfeitos, notamos ou damos atenção ao passado em demasia. E mais, em especial acabamos por nos prendermos aos fatos que nos fazem despertar sentimentos ruins. Mágoa, ressentimento, tristeza, decepção, incapacidade, insegurança...enfim a lista de estados de humor pelas quais passamos quando nos deparamos com fatos marcantes do nosso passado fazem com que surjam inúmeras janelas pelas quais enfrentamos nossos fantasmas internos e revivemos fatos há muito já terminados como se estivessem acontecendo agora. Isso provoca efeitos em nosso corpo físico e psíquico. Diria que diversos estados patológicos das pessoas (em especial as dores da alma) advém da não digestão ou resolução desses dilemas existenciais relacionados ao nosso passado. Destes surgem a fobia, a depressão, a psicopatia e muitos outros estados alterados que desequilibram nossa química interna e nos levam a momentos de decepção com nós mesmos (uma vez que constatamos a incapacidade ao menos momentânea de superar tais barreiras). Nesse quesito diria que o passado trata-se de uma tela mental nociva, ao menos que consigamos praticar o perdão e o esquecimento, tanto de nossos erros para com os outros quanto para os erros dos outros para conosco.  O segredo no meu entendimento para o passado: esquecimento, perdão e reconhecimentos de nosso estado limitado de ser. O outro oposto de tempo é o futuro. Dele derivam o stress, os transtornos ansiosos e muito outros. A ansiedade seria para mim o pior deles. Uma vez ouvi numa palestra que o ansioso quer ser Deus. Em outras palavras quer controlar o futuro para que não haja nenhuma intempérie no caminho da vida em rumo a um objetivo traçado que muitas vezes imaginamos ser o melhor para nós. Pura ilusão. A vida de todos é e sempre será sujeita a acontecimentos inesperados e inevitáveis no caminho. Sem estas pedras na nossa rota, diria que a possibilidade de melhora moral dos seres humanos ficaria estagnada. Impossível o aprendizado sem o erro em algum ponto do trajeto. E exemplos desse paradigma existem aos milhares. Ousaria dizer que todos, sem execeção em algum momento da vida se envolvem de alguma forma com situações que mudam sua percepção de si mesmos e do mundo. Portanto o futuro é incerto. Sua natureza é assim. Impossível controlá-lo. Solução para o dilema do  futuro é aceitação, fluidez e adaptar-se aos sucessivos golpes que vamos de alguma forma tomando em nossa caminhada. Portanto a chave para uma vida plena talvez resida no momento presente. Que é o único que de fato existe. O tempo é uma grandeza cósmica que não controlamos. Mas o presente, e o que fazemos com ele, esse sim, pode ser moldado de alguma forma para que o passado se torne peça importante nas nossas escolhas e para que o futuro não nos tire a concentração rumo a completa vivência de um presente pleno e consciente. A consciência do presente seja talvez a maior aquisição para todos hoje que pulam numa maquina do tempo mental para frente e para trás, esquecendo-se de que a vida se passa é AGORA. Minha convicção hoje é de que devemos estar alertas. E prestarmos atenção. Agora escrevo este texto.  E estou 100% inserido e mergulhado na sua produção. Nada no passado nem no futuro me param. Ou me dão medo, ou ansiedade, ou ressentimento. Talvez por isso não pare de escrever e minha mente possa exprimir o que de fato gostaria de passar as pessoas. Não tenho dúvidas de que quando entramos nesse estado de presença entregamos aos outros e principalmente a nós mesmos o nosso melhor. E o nosso melhor é apenas experenciado no AGORA. Vivam o agora. Tentem senti-lo. Transformem sua vida num turbilhão de auto consciência, segundo a segundo, em que o passado e o futuro nenhuma ação tem. A interferência se torna nula e desta forma, imagino que consigamos desempenhar o nosso pleno potencial como seres inteligentes e providos de alma que somos. Espero de alguma forma trazer os leitores para esta perspectiva, na qual a vida se torna um desenrolar de momentos sucessivos, que de segundo em segundo vão criando nossa história num Universo que ainda não temos plena capacidade entender em profundidade. A distância entre o compreensível hoje e o que de fato é, ao meu ver é infinita. Portanto, tentemos nosso melhor para que essa compreensão tanto interior quanto exterior, pela vivência plena do Agora possa trazer ferramentas para um salto quantitativo na nossa capacidade de ser, estar, viver  e existir como seres vivos. Ótimo sábado a todos!