domingo, 10 de agosto de 2014

PAI

Bom hoje é dia dos pais. Eu, como todos sabem (pelo menos os que me conhecem), sabem que estou longe do meu, em busca de um objetivo que me privou da sua companhia . Por isso, hoje em homenagem especial a ele, e a todos os pais, dedico este pequeno texto a eles. A primeira lembrança que tenho de meu pai, é de suas histórias. Ele me contou várias vezes como quebrou todas as regras para ver o meu parto. Segundo suas próprias palavras, ele foi impedido de entrar na sala de parto pelo médico obstetra. Imagine um jovem de 23 anos, a espera de seu primeiro filho, sendo privado de tão grande emoção....ele, porém, com seu valor e caráter que sempre foram nobres, acatou a decisão. Mas nem sempre a razão e aquilo que achamos ser o correto é o que deve de fato ser feito. 5 minutos após o comunicado dado pelo médico, acontece o fato que com certeza foi o impulso divino necessário para que ele pudesse ter o direito irrevogável de ver o seu primeiro filho nascer: um rato, corre pelo corredor do hospital e entra pela porta do centro obstétrico....pensou ele " bem se um rato entrou, eu também vou entrar......e não haverá que me pare....". Ele então invadiu o centro cirúrgico e pode mesmo a contragosto do nobre médico, assistir aquilo que ninguém poderia lhe negar naquele momento: o momento de ser pai! Tenho certeza, que apesar da minha choradeira ao nascer, que sua presença fez diferença desde o  meu primeiro suspiro neste mundo. Após esse dia em que eu cheguei na Terra, muitas outras lições vieram. Pude constatar sua preocupação em nos dar (eu e meus dois irmãos, Rogério e Rodrigo), o melhor que ele pudesse. Em todos os sentidos. Mas o que mais me deixava feliz era quando podíamos fazer algo juntos. Seja viajar, esquiar na represa (coisa que ele nos ensinou desde bem cedo), andar de bicicleta, ou simplesmente almoçar na mesa de casa. Aliás, ele também esteve presente com muita calma e coragem quando eu quebrei o braço numa queda de bicicleta e ele teve a força de colocar meus ossos quebrados no lugar. O tempo foi passando e a medida que ficamos mais velhos, nós achamos que podemos dar conta de tudo sozinhos. De alguma forma, isso é verdade, mas deveríamos sempre, antes de qualquer decisão na vida, conversar com nosso pai. Mesmo que ele diga algo que a gente não concorde ou não goste, podemos ter sempre a certeza de que o que vier é sincero e como todo o pai diz quando a gente é criança "para o seu bem". Realmente, depois de 37 anos como filho, posso dizer que hoje sou o que sou e faço o que faço graças as lições aprendidas com meu maior exemplo. Logicamente, que pela nossa limitação como seres, nem sempre eu acertei como filho ou ele como pai. Porém a graça também está nas discordâncias, pois com elas aprendemos a enxergar que as diferenças nos fazem sempre crescer e que sem elas não sairíamos do lugar. O conflito é bom, especialmente entre pai e filho, porque dele surgem mudanças para uma vida toda. Sei que quando decidi ser médico e "abandonei" o trabalho que tinha com ele, que ele não ficou feliz. Mas lembro-me também que no dia seguinte ele me levou no cursinho em Campinas (diga-se de passagem o melhor da época), para que eu pudesse ter êxito no meu sonho de seguir o que meu coração dizia. Os pais tem essa sensibilidade, de mesmo discordados, as vezes deixarem o destino agir, mesmo que diferente daqueles que eles planejaram previamente. Sabem, que com os tombos da vida, nós crescemos. Mas não deixam de dar a mão, mesmo que não concordem com algumas decisões tomadas. O que eu sei, é que em toda a minha história de vida, ele sempre esteve presente, estendendo a mão e trazendo força e perseverança para enfrentar as adversidades ( que foram muitas até aqui...). Ao mesmo tempo, podemos também ajudar após algum tempo e os papéis se invertem. Fico muito feliz de poder contribuir de alguma forma quando ele precisa (afinal de contas, pai também tem problemas). E isso estreita um laço de confiança mutua e amor que não encontramos em outros tipos de vínculos, apenas com nosso pai e nossa mãe.  Com o pai aprendemos a ser fortes, a enfrentar a vida de frente e de cabeça erguida. Aprendemos a ter princípios e a não sermos injustos ou desonestos com os outros. Aprendemos valores de caráter e retidão, evoluindo como seres ao seguir o seu exemplo. E por incrível que pareça aprendemos até mesmo quando eles erram ou nos magoam, porque nesses momentos é que nossa união é testada e aí vemos o quanto é que estamos próximos e o quanto podemos nos ajudar, em qualquer que seja a circunstância. Hoje sei que o valor de um pai é inestimável. Sei que aqueles que já perderam seus pais sofrem muito pela sua ausência e pela impossibilidade (pelo menos no mundo físico visível) de pedir uma mão amiga, um conselho ou simplesmente conversar. E isso faz muita diferença, principalmente quando temos um pai presente e amigo, como eu tive. Queria dizer que eu te amo e que desejo tudo de bom no seu dia. Você é e sempre será um exemplo para mim. E deixo esse texto em aberto, para que os filhos que por ventura leiam, possam não deixar passar esse dia em branco e o usem como inspiração para dizer o que tem que ser dito num dia especial como o dia dos pais. Aproveito para dar aos parabens ao mais novo pai da minha família, meu irmão Rogério, que hoje comemora seu primeiro dia dos pais, e ao meus dois avôs (pai de meu pai, Raymundo, e pai da minha mãe, Rubens (in memorian), que também foram exemplos de homens íntegros e dedicados a família a aos bons princípios na vida. Um grande beijo a todos e um grande parabens aos pais e futuros pais (que eu pretendo um dia ser).

sábado, 12 de julho de 2014

VITORIA

Olá amigos do blog. Hoje volto com a palavra vitória. Após esse mês de copa e os últimos acontecimentos cabe bem uma reflexão sobre vitória. Nossa seleção esteve em campo na última terça-feira em busca de ser vitoriosa. Porém o êxito em qualquer coisa na vida vai muito além do que apenas tentar. Em qualquer situação antes de se almejar a vitória é preciso planejá-la. E como vimos não houve planejamento em nossa seleção. Todos falam de um apagão, tsunami, como se isso justificasse o que de fato ocorreu. O que ocorreu na verdade foi um erro acumulado por vários meses. Jogar a copa em casa com certeza foi um dos maiores erros. Apoiando-se na teoria de que isso de fato poderia ser uma grande vantagem, vimos que foi talvez esse nosso maior inimigo. E sinceramente não estavamos preparados para enfrentar algo que parecia estar do nosso lado. O patriotismo foi muito grande nesses últimos dias. Aprender a ganhar é muito fácil, porque no final nos sentimos bem. Mas aprender a perder, bem, isto já é bem mais complicado. Sinto que o brasileiro ainda acredita em milagres, em superstição, em jeitinho para poder subir na vida. Isso é notório em todos os setores da sociedade. Não é diferente no futebol. Todos viram que times como Argélia e Gana deram mil vezes mais trabalho a Alemanha do que o Brasil. Porque? Bem, eles ao contrário de nós entraram em campo preparados para a derrota, enquanto nós só entramos preparados para vencer, como se fosse natural e fácil vencer um time que está  a dez anos juntos, que se formou de uma base de um único time  basicamente (temos 7 jogadores do Bayern München jogando) e que de alguma foram trazem em seu "imprinting" a assinatura da cultura alemã (qualidade, disciplina, pontualidade, organização). Traduziram os valores do seu país como ninguém. Não tem craque na Alemanha, porque inteligentemente eles preparam todos com igualdade. Não há estrelas. Primam pela qualidade do conjunto e não por detalhes que apenas um jogador pode definir. Disciplinados, porque trouxeram por toda a copa a mesma filosofia de jogo. Não improvisaram e se arriscaram demais. Não se expuseram a uma posição de escancarar sua maneira de jogar em cima de uma crença na vitória fácil. Por incrível que pareça foram pontuais. Tinham os jogadores certos nos locais certos na hora exata. Organizados. Não permitiram sequer uma ameaça por parte do Brasil. Um jogo de futebol reflete muitas coisas. No caso desta semana refletiu como uma preparação, um trabalho pensado e organizado com antecedência faz toda a diferença. Existem ícones neste quesito. Pessoas que treinaram, treinaram, treinaram e chegaram a excelência. Quem se lembra de Senna correndo na chuva? Quem teve a oportunidade de ver sabe que não tinha pra ninguém e porque? Quando chovia, ao invés dele ir pro conforto da casa dele, ele ia treinar. Mais do que todos. É óbvio, se tornaria especialista nisso. Em outros campos há isso também. Na ciência temos muitos que se dedicam a serem referências. Mas são referências por se dedicarem integralmente a seus propósitos, depositando sua energia e esforço, repetidamente num objetivo maior. Mas aonde quero chegar? Vitória, não deve ser conquistada no esporte. Ela é apenas um reflexo de uma outra vitória, esta sim muito mais importante: a vitória na vida. Vitória dos bons valores, de caráter, altruísmo, descência. Isso sim é a vitória que todos devemos buscar. Nosso país sofreu um "baque" com a histórica goleada no futebol. Mas de alguma forma esta é uma lição para o nosso povo. Devemos nos lembrar que enquanto não houver a preocupação de mudança de valores em nossa sociedade, iremos sempre naufragar. Não há como alcançar posições melhores sem mudança. Usem o exemplo de nosso time contra o time alemão. É preciso que nos inspiremos naqueles que alcançaram algo grandioso, para que então com planejamento e tempo, possamos aos poucos ir subindo degrau por degrau. Isso poderia já começar pela escolha dos nossos próximos governantes. É preciso mudança pois sem mudança as coisas vão se perpetuar, e tender para um futuro ainda mais sombrio e triste. A vitória só virá quando nos dermos conta que cada um deve fazer a sua parte para que "apagões" (que na verdade não existem e são apenas reflexos de uma cultura do improviso) não aconteçam mais. E não no futebol, mas sim na vida de todos no país. Recomendo a todos que assistam ao "canal do otário" do youtube. Comecei a assistir esses pequenos vídeos como se fosse algo engraçado. Mas não são. São reflexos de  nossa cultura. De que devemos ter exposto claramente, r se o preço que pagamos pelas coisas é justo. Um exemplo interessantíssimo é o dos carros. O brasileiro adora carro, é o quinto produtor mundial e o primeiro em preços altos. Assistam o video do GOL, no canal do otário. Vão entender que um país onde isso acontece nunca será vitorioso, pois a ganância e o "inexplicado" ditam as regras do país. E isso se reflete em todos os campos. No dinheirinho pro guarda não te multar, na cara de pau de parar na vaga de deficiente, na hora em que se fura uma fila com naturalidade, quando se joga o lixo pela janela do carro, quando se constroem estádios com roubalheira e todos acham tudo normal. A vitória só virar quando todos decidirem mudar seus próprios paradigmas internos. Não tem como o país melhorar sem que o povo, sua raiz, decida mudar também. Acho que essa seria nossa maior vitória e não um título da copa do mundo. Desejo que nossa derrota no futebol possa ser uma faísca inicial para a vitória como uma coletividade, quando o desejo do grupo é maior do que o do indivíduo.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

CONFLITO

Hoje volto ao meu blog. Tenho como meta discorrer sobre a palavra conflito. O mundo de hoje é um palco para conflitos. Os que mais podemos ver são os conflitos externos. Conflitos religiosos, politicos, morais, comportamentais, trabalhistas e outros tantos. Mas o verdadeiro problema, a verdadeira fonte de tudo isso está dentro do ser humano. Acredito que nunca na história humana houve tanto conflito quanto hoje. O último século presenciou as maiores mudanças no modo de viver de que se tem registro. Nunca houve tanta coisa nova em um período de tempo tão curto. Isso parece ter colocado a mente humana em curto circuito. A incapacidade de lidar com os próprios sentimentos e comportamentos coloca o homem numa posição de refém de si mesmo. Seus desejos instintivos conflitam com os padrões aceitos como normais ou socialmente aceitáveis. Me faz lembrar os desenhos animados que representavam essa dualidade através da figura de um anjo e um diabo. Realmente essa é uma representação metafórica bastante autêntica. É impressionante como o que move o ser humano é ainda satisfazer alguns desejos primitivos e que supera-los numa direção de valores mais complexos é uma tarefa árdua, dificilmente cumprida numa existência corpórea. A multiplicidade de existências pregadas por várias vertentes tanto orientais quanto acidentais parece ser a que melhor se encaixa para que os conflitos não resolvidos possam ser solucionados gradativamente ao longo das múltiplas experiências nos diferentes planos de existência   e desta forma progressivamente diminuir os conflitos internos diminuindo cada vez mais os comportamentos automatizados. Estes são herança de gerações passadas e sua revisão nos leva para a adoção de novos paradigmas de imensa iluminação interior e de mudança completa das metas pelas quais vivemos. Acredito que o mundo está numa trajetória sem volta e esse seria o motivo de tamanha dimensão dos conflitos que hoje se espalham por todo o globo em todas as sociedade e culturas, independentemente de suas origens étnicas ou culturais. Acho fascinante o modo como o ser humano evolui na ciência e em matérias não tão formais, como espiritualidade, ciências astrais, conhecimento sobre a multiplicidade de mundos, episódios ufológicos, comunicação mediúnica entre outros "fenômenos" que na verdade fazem parte da natureza atual da civilização humana. É preciso abertura e um pouco de isenção idealista para que esses novos ideais possam ao poucos ser absorvidos de maneira ampla. Sinto que há uma resistência por parte de muitos no que diz respeito a esses novos conceitos sobre a vida e  seu significado. Os conflitos então afloram como que tempestade, em mentes que se perturbam e buscam desesperadamente o alivio no mundo exterior quando na verdade todas as respostas estão em seus próprios mundos internos, selfs, eu profundo, alma, ou qualquer termo que o valha. O conflito acontece por não aceitarmos que nosso sentido nessa vida não seja o que seja pregado para que a máquina Terra continue funcionando e sendo regida pelo sistema capitalista de perpetuação da civilização. Existem outras "verdades" que aos poucos vão se revelando e somente aqueles com sensibilidade e dispostos a mudarem seu quadro de valores é que poderão aproveitar essa época tão rica em evolução no mundo visível para então transferirem suas atenções ao mundo subjetivo e invisível. Estou querendo com esse texto abrir os conceitos de que o mundo não é apenas o que enxergamos, que o tempo e o espaço não são apenas aqueles que nossos sentidos limitados podem perceber e interpretar e também que as regras da natureza até hoje tidas como verdades são verdadeiramente visões limitadas a nosso avanço enquanto seres pensantes com um cérebro que evoluiu mas que ainda possui diversas limitações técnicas para percepção de fenômenos extra físicos e que tomam  lugar em outros dimensões que ainda são incompreendidas pela maioria. Isso é fascinante não? Imaginar que há muitos mistérios ainda e que nosso conhecimento é apenas uma fração ínfima do que de fato realmente existe no cosmo. Muito espantoso que algumas pessoas vivam conflitos tão pequenos em suas vidas sem se darem conta do tamanho da complexidade  do ambiente em que vivemos (um que é extremamente transitório e que se resume na maior parte dos casos a umas 7 décadas no máximo). Seria inviável e até mesmo ilógico imaginar que toda a vida se resumisse a vivermos apenas uma experiência transitória e efêmera em termos temporais e cósmicos e acreditarmos que a missão de cada um pode estar completa apenas numa fração tão insignificante de tempo. Queria então deixar a mensagem aqui de que cada um deve ao máximo se instruir no sentido de que esses conflitos diminuam dentro de cada um. E a maneira mais interessante e excitante de fazer isso é mudando em profundidade crenças e mitos a respeito da vida que tem muito mais a nos mostrar e nos guiar pela nossa marcha evolutiva como seres divinos. Desejo a todos que lerem este texto que com tal reflexão voces possam se auto reciclar, criando olhos dimensionalmente mais expandidos, captando mensagens e aprendizagem no que realmente é nosso tesouro eterno: nossa paz interior e nossa consciência de seres que têm uma existência eterna e ininterrupta. Tenham todos uma ótima sexta-feira e um fim de semana de mergulho em novas verdades, muito mais interessantes e que poderão diminuir os conflitos no mundo.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

COPA

Enfim a copa do mundo começou! Todos felizes e ao mesmo tempo tristes. Empolgados e ao mesmo tempo revoltos. Emocionados e ao mesmo tempo anestesiados. A copa do mundo trás e tem trazido diversos sentimentos entre todos os povos do mundo. No mundo globalizado as noticias e as imagens viajam em segundos e isso faz com que o evento seja de fato global. Uma grande oportunidade para tudo que o ser humano gosta: ter prazer na vida. É por isso que muitos esperam por esse período,  para que possam "enforcar" o trabalho, beber fora de hora, torcer sem saber pelo que exatamente (será mesmo o futebol?), e passar um mês respirando este que é considerado o maior evento esportivo do mundo. Vamos analisar apenas as primeiras 24 horas. Tudo começa com a cerimônia de abertura. Inversão de valores. Damos atenção de 50 minutos para um ônibus cheio de jogadores se deslocando do hotel para o estádio e 3 segundos para um paraplégico (sim uma pessoa que não anda!) chutar uma bola com a ajuda da ciência. Parece pouco, mas não é. De fato, foram 3 segundos de muito trabalho (provavelmente tão grande quanto o próprio evento em si). Mas de forma discreta e diria até protocolar, a nossa rede globo mostrou este momento num "replay" insosso. Paradoxo de valores.  O clima dos nossos narradores e jornalistas parecia estranho. Não estavam naturais. Pareciam preocupados e tentaram achar bonito o que de fato não provocou nenhuma empolgação. Quando o ponto alto de uma cerimônia desse porte é um "playback" de "ícones" musicais como Pitbull, J Lo e Claudia Leite....sim, existe algo muito estranho. Segundo ato: anúncio das autoridades. Dilma mostrou sua fraqueza moral. Ao não se levantar diante do seu povo ao ser anunciada (por mais que estivesse sendo xingada), desrespeitou muito mais ao nosso país do que aqueles que no desespero de golpear de voltar a mandaram tomar naquele lugar em rede mundial. Sua atitude mostra que não tem cacife moral e estrutura para ser uma líder. Um líder não se intimida com a crítica. Ele enfrenta o obstáculo que aparecer de forma inteligente e íntegra. O discurso de terça-feira contrasta com isso. Quem poderia imaginar quem após o ufanismo das grandes realizações da copa para o Brasil durante seu pronunciamento, a nossa presidenta se encolheria numa vergonha explicita vista por todos. Se de fato as palavras do discurso fossem verdade (e não dos marqueteiros), ela se ergueria com orgulho para ser anunciada como a governante do país sede. Terceiro ato: Hino e "pombas da paz". O hino deixa claro que existe amor no Brasil. Por mais que existam problemas, na hora que precisamos de fato nos orgulhar do que temos de bom, o fazemos melhor que ninguém. Nunca houve uma execução de hino como essa em nenhuma copa. Sair do protocolo com uma emoção legitima e de moral nobre, com certeza foi talvez o melhor momento do jogo. Fiquei feliz naqueles instantes por ser do Brasil. Porém, o improviso das pombas brancas de fato foi vergonhoso. Para "abrandar" a falta de discurso de Blatter e Rousseff, resolveram simbolizar uma paz que nem de longe passa por essa copa. Que paz de araque foi aquela? No meu entender, foi um tiro mal dado, porque apesar de tudo, o que esse torneio menos tem simbolizado é a paz. Desapropriações de favelados, morte nas obras, "gambiarras" nos estádios (escapamos por pouco de um vexame sem precedentes ao ficarmos por 10 minutos sem refletores...agradeçam ao bom sol que ainda não estava totalmente baixo quanto isso ocorreu), protestos com feridos (inclusive jornalistas estrangeiros), roubo de turistas e jornalistas, prostituição a luz do dia....tudo isso esta nos noticiários, não estou "blefando". São fatos contra as pombas, que simbolizam uma utopia que a copa não trouxe (e não iria trazer em nenhum país na verdade). O jogo em si, mostrou o que a algumas semanas o jornalista Jorge Kajuru disse num programa de TV:" O Brasil já perdeu a copa....mas a seleção vai ganhar....". Pudera!O lucro recorde da FIFA e a isenção, segundo o próprio Blatter, não "pedida" dos impostos tem de ter um retorno para aquele que de fato permitiu tal fato: o país sede. O penalty em Fred foi realmente um erro de arbitragem.  O replay foi vetado no estádio pela FIFA. Porque? Querem esconder o que de quem? E este lance mudou a história do jogo. E deu a vitoria ao Brasil. Acredito que a seleção tenha jogado bem, mas num mundo onde o poder econômico-politico manda, o esporte se torna apenas uma moeda de troca. E tenham certeza: isso será confirmado em 1 mês.....Para encerrar, queria apenas que todos pensassem seriamente sobre o que a copa representa de verdade. Um evento, uma competição ou uma ferramenta perversa em benefícios dos que detém o poder? Vou me divertir vendo os jogos e não serei hipócrita ao dizer que não assistirei a copa. Mas de algum modo, não sinto nem 1/100 da emoção daquela que seria possível, caso a humanidade que promove este evento se pautasse em valores mais elevados. Viva o Brasil e a copa do mundo. E que esse 1 mês possa, nem que seja por 1 minuto apenas, fazer cada um pensar se estamos de fato torcendo pelo time certo.

domingo, 1 de junho de 2014

TEMPO

O tempo....sim esse nosso amigo tempo. Porque ele veio hoje a tona em meus textos? Bem, trata-se de um conceito muito abstrato para mim e para todos os que procuram de fato entende-lo. Mas vamos tentar rapidamente entender a importância dele e porque estamos equivocados em nossa interpretação de seu funcionamento. O tempo vem sendo entendido como uma medida desde há muitos séculos. No passado porém era marcado por diversos povos antigos através de calendários sofisticados e precisos que davam as "leituras" dos eventos vindouros e das novidades que poderiam surgir desses ciclos de vida. Pois bem, na modernidade viramos refém dessa grandeza física. Fazemos tudo o que fazemos em função de obedecer ao andamento do tempo como o o conhecemos. Porém acho que esta abordagem do tempo nos faz escravos de nossa própria realidade. O relógio, invenção não tão antiga assim passou a reger o nosso dia a dia de uma maneira intensa. Temos sempre que estar alertas ao próximo minuto e então ele se passou e ai temos no passado aquilo que podíamos ter feito diferente e não fizemos. Já escrevi um texto sobre o agora, que é realmente o único tempo que importa. Porém queria me aprofundar mais no tema tempo, porque seus conceitos se expandiram em minha concepção após algumas leituras interessantes. Primeiro, somos regidos pelo tempo que parece ser uma grandeza estável e constante. Porém muitas linhas do pensamento cientifico discordam dessa visão. Acreditam que o tempo é sim mutável, relativo e que podemos manipula-lo, principalmente com nossas próprias mentes. O interessante é dizer que conceitos físicos precisam ser desafiados para entendermos esse novo modelo. Um deles seria o de que nenhum corpo pode viajar a mais de 300.000 km/s ou seja a velocidade da luz. Isso não é  uma verdade absoluta, apenas uma teoria matemática e que não condiz com a realidade física de fato. Quebrando-se essa regra tudo o que se sabe sobre o tempo muda. E é preciso entender que o tempo corre diferente em mundos macro e microscópicos. Do ponto de vista das microparticulas ele é diferente se comparado ao ponto de vista do universo  físico conhecido. O problema é que o universo físico não é único universo. O conceito de universos paralelos múltiplos interligados por pontes ainda desconhecidas de nossa ciência é altamente discutido entre teóricos. Muitos dizem que tecnologias extraterrenas já conseguem dominar a manipulação dessa dimensão do cosmo e o tempo se comportaria então como uma dimensão a mais além das 3 que conhecemos. Ou seja, seria possível viajar no tempo para qualquer direção em qualquer época na medida eu que entendêssemos o que de fato o tempo é. A chave para acessar tal portal para viagens no tempo seria a ativação da glândula pineal, que é o nosso portal físico para experiências nesse universo extra-físico que não temos acesso enquanto conscientes. Os povos antigos ja sabiam disso intuitivamente, ja que nas simbologias de diversas civilizações da antiguidade o formato de "pinha" simbolizando a epífise já se espalhava por todo o globo, sem que de fato houvesse troca de informações entre eles. O tempo é portanto algo que devemos conceituar nesse novo despertar no mundo como algo novo. O nosso entendimento sobre ele deve ser revisto. E isso traz diversas conseqüências interessantes. A maior delas seria o fato de que o tempo não é unilateral e sempre corre para frente e é de fato uma dimensão multiespacial. Ou seja, pode-se com a tecnologia correta acessar-se o tempo em qualquer ponto. Do ponto de vista tecnológico humano, ainda não conseguimos construir aparato que possa ser usado para tal fim. Porém, acessando nosso instrumento corporal, através da pineal,  podemos ter uma amostra do que isso se trata. O acesso a esse poder se dá através do desenvolvimento pessoal, pela mudança de valores e paradigmas na vida. O mundo esta caótico do ponto de vista energético por que o objetivo da vida humana esta ainda fora do eixo que permite o desenvolvimento de tal capacidade. Logicamente que pessoas que trafegam na direção da iluminação conseguem esse acesso, e ai nos impressionamos pelo poder invisível que alguns seres desenvolvem, enquanto a maioria luta para sair da embriaguez social imposta por regras e paradigmas que não estão alinhados com os reais motivos da existência humana. O tempo é um exemplo interessante porque nos tornamos escravos dele e não temos a minima ideia do fato que podemos manipula-lo para nosso próprio beneficio. A questão é que o acesso a tal habilidade extra-fisica se dar apenas com a elevação moral de nosso caráter humano. Não ha possibilidade de se entender tal efeito em nossa vida física sem que haja elevação espiritual. Com certeza aqueles que conseguiram entender isso e que relataram experiências que não conseguimos explicar pela ciência tradicional no momento, tiveram a habilidade de por uma construção pessoal focada no auto-conhecimento e também intuitivamente através do motivo pelo qual a existência humana acontece, são os que tiveram esta explicação em suas mentes já respondidas. Proponho a todos que por rituais já relatados a milênios  possamos alcançar esta meta. O contato com a natureza, a meditação, a ativação por freqüências musicais de areas cerebrais são ferramentas que podem ajudar as pessoas a entender a relatividade da percepção do tempo. Se alguém que esta lendo este texto ja conseguiu de fato por exemplo entrar em transe meditativo, pode entender o que estou falando.  Eu ja experienciei isso e acho que apesar de ter sido por poucas vezes, me fez entender que manipulamos o tempo da forma que queremos quando acessamos os portais adequados. Este é um texto conceitual e apesar da acreditar em suas bases explanatórias, não tenho como comprovar isso cientificamente por meio de algum estudo. Apenas acredito que seja um foco de pesquisa interessante e que hipóteses como estas devem ser sempre destacadas no mundo, para que mais pessoas tenham ciência do real poder que mora dentro delas mesmas. O tempo é uma pequena fração daquilo que podemos de fato controlar em nossas vidas se houver aprendizado e conhecimento. Faz-se necessário pratica, observar e deduzir a fim de que esse acesso esteja disponível a um maior numero de pessoas. Um bom domingo a todos e depois de ler tire um tempo para pensar.....mas imagine-se pensando um minuto e sentindo uma hora....ficará espantado com a possibilidade de alterar a percepção do tempo.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

PAZ

Caros leitores. Hoje não estou em paz. Talvez por isso decidi escrever sobre esse tema, para através da reflexão tentar entender o porque de não estar conseguindo chegar nesse estado essencial ao ser humano. Sem paz, não há de fato a real felicidade, a realização pessoal, a serenidade. Estou extremamente decepcionado com tudo o que a nossa sociedade prega. Estava a pouco assistindo um video sobre o assunto e me impressionei com a definição dada por um palestrante sobre o estado humano atual: somos andróides, seres robotizados e que vivem os seus dias sem de fato conseguir refletir o porque de termos de viver a vida como "os outros" dizem que nós devemos viver. Nossas regras de convivência, nossos dogmas, nossas crenças, nossos preconceitos, nossas divergências, tudo o que somos reflete em sua maioria um pensamento coletivo, que foi sendo disseminado de geração em geração através dos milênios e que nos parece ser a melhor e mais sábia escolha a fazer. Será? Será que estamos de fato sendo pessoas auto conscientes o suficiente para podermos  ter controle sobre os nossos próprios atos na vida? Será que nossa trajetória é realmente aquela que nosso eu profundo, o eu verdadeiro deseja em sua plenitude? Chego a conclusão hoje que não. Sinto que nosso comportamento e escolhas são muito tendenciosos e cada vez mais dirigidos pelo que é considerado "normal". No meu caso, como médico é normal dar plantão 24 hs e depois trabalhar no outro dia por mais 12 horas seguidas. Será mesmo? Faz sentido uma jornada de trabalho desta?  No que diz respeito a outros hábitos e comportamentos, como estudos, relacionamentos, planejamento de vida, conquistas...tudo segue um script mais ou menos padrão. Sempre é preciso ser ou ter algo ou alguma coisa a fim de que a sequência de eventos da vida siga pelo padrão social aceito e valorizado. O "homem de sucesso" é aquele que é íntegro, forte, corajoso....tem um excelente padrão de vida, um emprego de destaque, é admirado por suas conquistas.....tem uma família unida, que levará o nome dele adiante, a fim de perpetuar a história de sucesso que deve ser perpetuada. Se diverte pouco, trabalha exageradamente. Sempre está ocupado, realizando alguma tarefa, muito mais importante do que simplesmente apreciar o por do sol. Não sorri com frequência, e precisa sempre estar se reafirmando perante a si mesmo e perante os outros. Compete internamente com todos aqueles que são seus semelhantes e não descansa um minuto enquanto não aniquila psiquicamente no seu eu profundo o incomodo que os outros provocam nele. Insiste em não mudar o rumo quando ve que seu domínio e poder continuam crescendo, mesmo que para isso seja necessário altas doses de stress. Não liga de perder um compromisso de lazer ou descanso em troca de uma oportunidade de aumentar os seus contatos, fazer crescer a sua rede  de negócios, para que isso lhe traga benefícios futuros que lhe exaltem ainda mais perante os outros. É uma pessoa dura, extremamente defensiva, que veste uma armadura e não a tira, pois se tirar será imediatamente aniquilado. Me pergunto hoje em dia o porque desse tipo totalmente neurótico ser o desejo de uma grande parte das pessoas. Vejo que a vaidade humana comanda o que chamamos de vida cotidiana. Não houvesse a vaidade e o julgamento alheio, todos seriam considerados "normais" independentemente de seu 'índice social' de sucesso. Não posso me imaginar vivendo num esquema perverso e que valoriza o neurótico. Muitos dirão que é determinação, é desejo de vitória, é força de vontade, perseverança. Mas no final das contas, do que valerá isso tudo ao fim da vida? Será que todas essas conquistas "sociais" ou seja baseadas naquilo que nos foi ensinado como verdade, e até mesmo automaticamente impregnadas no nosso inconsciente pelas gerações que nos antecederam, é de fato o propósito da vida?  Estou certo que não. Estou certo que o propósito da vida passa por uma outra esfera de conquistas, a conquista do indivíduo interior como ser humano e não como um reflexo do exterior baseado em suas pseudo regras de conduta ideais. A paz, meus caros leitores, não pode passar por um mundo neurotizado em valores de baixo cunho moral. Não pode ser correto um jogador de futebol ser ovacionado pelo seu talento enquanto um professor formidável ou um gari exemplar passem despercebidos como  seres insignificantes na nossa esfera social. É porque ele tem mais dinheiro, dirão. É porque ele tem um dom acima da média. Mas o que de fato é talento, digo, um talento real? Será que é um talento exterior? Uma habilidade qualquer que seja? Ou será o fato de poder pela sua capacidade de processamento de idéias e de seu próprio espírito subir alguns degraus no que de fato lhe será eterno, ou seja, valores próprios que nunca poderão lhe ser retirados, mesmo depois da morte física? A paz passa longe do que vemos hoje em todas as nações ditas "economicamente desenvolvidas" e com "crescimento sustentável". Isso reflete números e números não sentem, não falam, não tem vontade própria. O homem sim, este tem auto consciência. Não estou em paz, como disse no primeira frase desse texto, mas ao menos conheço sob minha perspectiva os motivos para tal. Talvez faltasse essa clarificação de idéias para que eu pudesse me dar conta de qual é a solução. A solução reside num único caminho: auto desenvolvimento profundo e irrestrito. Onde não haja lugar para o que o mundo diz, e que ao contrário, haja espaço para o que vem de dentro. O que de fato tem valor, o que no final da vida vai poder proporcionar a paz. A paz interior, que é na verdade a paz a qual me refiro irá gerar a paz no mundo. E um mundo em paz será totalmente pautado em ideais opostos aos daqueles que hoje conhecemos e que concebemos como alvos incessantes em nossas vidas. Que eu, e voce todos, possam alcançar a paz. Estou no caminho......boa semana a todos!

domingo, 16 de março de 2014

COMPETICAO

Ola leitores...estive num período de ausencia nos últimos 2 meses, mas hoje volto a escrever sobre uma nova palavra. O tema hoje é competição. Esse tema me surgiu após uma conversa que tive com minha namorada e de fato eu e ela nos incomodamos muito as conclusões as quais chegamos. No mundo esportivo competir é saudável e até mesmo desejável. Nesse campo, a tentativa de superar limites faz com os seres humanos busquem novas marcas nas mais diversas modalidades. Isso provoca um progresso no que diz respeito a performance, fazendo com que os limites se superem de tempos em tempos. No entanto, q competição a qual quero discorrer é aquela entre as pessoas comuns  e não relacionadas aos esportes. Nosso modo de vida exige que tenhamos performance, seja o que quer que seja que façamos. Isso na medicina é notório, e uma vez sendo médico, sinto isso cada vez que tenho a oportunidade de ter uma discussão franca com colegas. No que diz respeito a nossa vida pessoal, também almejamos posições cada vez maiores e que reflitam o tão almejado sucesso. Também há aquela competição consigo mesmo, o que faz com que busquemos nos aperfeiçoar. No entanto essa busca pela excelência tem criado uma geração baseada nos resultados finais e não na construção do caminho. E também faz com certo padrões considerados como normais ou inevitáveis numa evolução classificada por muitos como "normal" seja o objetivo de todos. Porém, no fim, o que observo, é que as pessoas querem sempre estar bem e felizes, porém quase sempre querem se sentir maiores ou mais bem sucedidas nos seus campos de atuação, tanto profissional quanto pessoal do que os outros. Se se enxergam abaixo de um patamar tido como necessário a esta satisfação  egóica da vaidade, ficam perturbados. E aí a coisa que deveria ser saudável passa a se tornar de alguma forma patológica. O que deveria ser uma comparação inofensiva entre pessoas (muitas e a maioria delas muito próximas de nós) se torna uma ferramenta de sofrimento, angústia e competição no sentido mais animal da palavra. Muitos dirão: " mas voce também compete"....e eu direi, sim não me isento de tal prática, e em várias situações tenho que me esforçar bastante para não entrar nesse parafuso que se acentuou na modernidade. Acredito que a competitividade trouxe muitas evoluções para a humanidade, mas para o ser humano comum, ela apenas é uma pedra na psique que impede uma vida mais leve! A isenção de uma performance ideal ou superior deveria ser a meta, tentando desta forma segurar em rédeas curtas sua vaidade. Vaidade que em muitos casos torna-se razão de fim de relacionamentos, brigas entre colegas de trabalho, discussões marcantes entre pessoas que se gostam e que não conseguem deixar de querer de se sentir mais do que o seu próximo. O que é ser mais? Existe uma classe de pessoa que é totalmente vitoriosa na vida, em sua plenitude completa e em todas as suas nuances? Absolutamente não. Somos todos limitados como seres pensantes, e se faz impossível alcançar a excelência máxima em todos os aspectos da vida. Na verdade, aqueles que nesse jogo de vaidade e orgulho se infiltram, tornam-se pessoas frias, que deixam de aproveitar a vida no que ela tem de melhor e acabam por deixar passar oportunidades de relaxar e ser feliz apenas por ser o que é. Nada que seja utilizado como instrumento mensurador do sucesso é suficiente para neutralizar um desconforto interno que acompanha muitos daqueles que só pensam em "vencer" na vida. Vencer na vida é um conceito extremamente complexo e amplo. Nossos costumes nos fazem pensar no sucesso como naquele obtido na esfera profissional,  ou como pai, irmão, filho, membro da sociedade desde que sejamos admirados e o reconhecidos  pelos outros. O sucesso real vive dentro de cada um. E não importa o quanto "bom" voce seja. Desde que voce tenha um mundo interior equilibrado e menos vaidoso,  as oportunidades de ser vitorioso se ampliam. Nada e nem ninguém será nem melhor e nem pior do que voce, quaisquer que sejam os itens que sejam avaliados. No final das contas, pelo menos para mim, observo que se impor aos outros ou mostrar que está bem ou mais bem sucedido na vida só diz respeito a essa necessidade humana de admiração e de provocar os outros. Não acho que esta seja uma postura de fato útil para as pessoas que pensam numa vida sem sentimentos difíceis de lidar a longo prazo. É preciso lembrar também que os sinais não verbais e energéticos enviados pelo sentimento de disputa são captados por nosso "sextos sentidos" o que provoca em muitos casos repulsa e  antipatia gratuita entre as pessoas. Sugiro uma reflexão. Sugiro que num ambiente social, todos possam falar de seus projetos e conquistas, mas de uma forma sutil, não agressiva, altruísta e construtiva. Sei que parece dificil, mas é só avaliar como está se sentindo durante o ato para saber qual é seu lado mais forte, o humilde e altruísta, ou o egoísta, vaidoso e orgulhoso. O futuro das relações humanas de qualidade passam por uma completa destruição do ego para o nascimento de um novo modo de se relacionar com outras pessoas em qualquer esfera. E a substituição da competição por compreensão, e de que nosso sucesso é regido não apenas por nós mas por um conjunto de regras ainda não totalmente conhecidos. Assim com certeza caminharemos para um outro patamar de crescimento que deve no futuro fazer com que as pessoas apenas se relacionem por sentimentos que provoquem paz ou amor nos envolvidos. Um bom domingo a todos!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

RENOVACAO

Ola aos leitores do blog. Feliz 2014! Viramos o ano e nada melhor que iniciarmos esta nova etapa com uma palavra de incentivo. Hoje a palavra é renovação. O que sempre fazemos nessa época do ano é planejar um novo ciclo de vida em cima dos erros e acertos do ano que se passou. Todos nós com certeza tivemos momentos de altos e baixos  e isso se reflete nas resoluções que tomamos ao iniciar este novo ano. Tudo parece recomeçar e nossas mentes e metas se expandem, fazendo com que nós nos renovemos como pessoas e busquemos evoluir mais na nossa caminhada. Eu mesmo já tomei várias resoluções nessa primeira semana de 2014 e acho que tenho muito a fazer nesse caminho de renovação. Mas o que seria renovar? Na minha concepção é o ato de fazer algo novo, diferente, buscando trazer para nossa vida um despertar interior no qual possamos nos sentir mais realizados. A realização  interior é hoje para mim o aspecto mais importante da vida. De nada adianta milhões na conta bancária sem que haja conteúdo dentro de voce. Também não é suficiente realizar todas as suas realizações externas e ditas materiais (ex. viagens, compras, ascensão profissional, ganhar algum prêmio), sem que haja uma base interior sólida e baseada em valores fundamentais. Renovar é rever esses valores, passar a dar mais atenção a eles, e entender que nossa passagem por este mundo é passageira e finita, o que nos permite concluir que nada relacionado ao corpo e a matéria será levado adiante. Porém os valores e as experiências interiores bem realizadas serão eternas. Enxergo que se faz necessário uma revisão das prioridades pelas quais vivemos. O mundo de hoje é extremamente veloz e estressante, o que cria necessidades nem sempre saudáveis ou que darão frutos no futuro. Não adianta nos atermos a prazeres efêmeros, porque estes nos dão sensação de bem estar temporário e não perduram por muito tempo. Deste modo, ficamos meio que entorpecidos por nos realizar como pessoas para que nos sintamos bem, do ponto de vista social. Mas do ponto de vista humano e espiritual acabamos nos desligando dos verdadeiros valores fundamentais. Acredito que a humanidade só vai evoluir quando o modo de viver das pessoas mudar. Uma sociedade baseada no modelo capitalista e de consumo só cria zumbis da era moderna que se entorpecem principalmente pelas coisas as quais o dinheiro e o poder podem proporcionar. Muitos porém, já perceberam que uma vida centrada em tal objetivo (acumulo de riquezas), cria um pool de pessoas insatisfeitas por dentro e que sempre reclamam de suas posições na vida, por mais que acumulem ganhos. As pessoas de fato felizes se pautam em outras prioridades. A teoria parece muito bonita, mas eu mesmo ainda estou preso nesse modelo de acumulo (apesar de ter tomado um rumo na vida um pouco alternativo nesse sentido). O que proponho a voces leitores é que usem esta época de inspiração interior para um questionamento sobre o nosso papel como seres no nosso planeta. É muito bom ter nossa vaidade massageada sim, mas ela apenas desperta o que temos de ruim: o orgulho, o egoísmo, as desavenças e todas as outras conseqüências que derivam destes valores. Infelizmente, nosso nível de evolução moral ainda está muito apegado a isso, e eu inclusive luto para domesticar esse instinto quase incontrolavel de se sentir realizado pelos feitos que os outros podem enxergar. Dificilmente vemos pessoas desinteressadas ao fazer alguma coisa benéfica a outra pessoa. Sempre existe uma espera de uma "recompensa" por conseqüência a um favor. As pessoas precisam se renovar sim. É mandatório. É preciso rever nosso objetivos porque a vida passa depressa, talvez muito mais rápido do que há algumas décadas. A velocidade com que somos obrigados a viver hoje nos anestesia os sentimentos. E uma pessoa fria e fechada interiormente, dificilmente vai ter habilidade de suplantar e se reposicionar como pessoa frente aos ditos valores atuais pregados pela mídia e pela necessidade que as pessoas consumam bens para que o planeta continue "vivo". Será mesmo esse o principal interesse e objetivo de estarmos aqui? Quem nos criou teria como meta para nós que apenas passássemos a vida usufruindo  de todos os prazeres sem que de fato pudéssemos crescer espiritualmente? Acredito piamente que não, não faz sentido, não representa uma proposta lógica e coerente. Acho que a renovação neste sentido é a que mais deveríamos nos ater nesse 2014. Sem esta, todas as outras conquistas são insuficientes, e não preenchem nosso íntimo com um sentimento de realização completo. A partir do momento em que tomarmos consciência que nossa renovação deve ser praticada diariamente como um mantra,  haverá então a possibilidade de nos aproximarmos de um sentimento de realização completo. Apenas aqueles que entenderem a nossa real razão de existir é que de fato poderão galgar lugares mais altos, no sentido do íntimo pessoal de cada um. Desejo que todos possam nesse 2014 perceber e exercitar seus reais valores interiores, se adaptando a realidade que nosso mundo infelizmente exige, mas dando prioridades aqueles sentimentos que de fato nos fazem atingir a realização interior e a felicidade real. Feliz 2014 a todos!